sábado, 13 de julho de 2013

Resumo Saúde Mulher - parte 3

Métodos anticoncepcionais 

Seja para evitar uma gravidez não programada ou para se prevenir de doenças sexualmente transmissíveis, os métodos anticonceptivos devem fazer parte da vida dos brasileiros. Por este motivo, o Ministério da Saúde disponibiliza gratuitamente à população oito tipos de métodos contraceptivos. São eles: preservativos feminino e masculinos (camisinha), pílula oral, minipílula, injetável mensal, injetável trimestral, dispositivo intrauterino (DIU), pílula anticoncepcional de emergência (mais conhecida como pílula do dia seguinte), diafragma e anéis medidores.
É possível retirar gratuitamente nos postos de saúde o método anticoncepcional mais adequado às suas necessidades. Por meio do programa Farmácia Popular, o governo também oferece estes medicamentos a baixo custo (o desconto chega a 90%, valor esse que é subsidiado pelo governo federal) – com exceção da pílula de emergência, do DIU e do diafragma.
Mas, antes de retirar o contraceptivo, marque uma consulta com um ginecologista. Este profissional poderá ajudar a indicar o método mais adequado ao seu estilo de vida e também com base no seu histórico e atual estado de saúde.
Importante reforçar que o uso de todos os métodos anticonceptivos deve ser combinado com o de camisinha (masculina ou feminina). Desta forma, mulheres e homens evitam contrair doenças sexualmente transmissíveis.
Confira as características de cada método anticoncepcional:
Pílula oral
Com percentual de 99,8% de eficácia, elas são feitas com hormônios parecidos com os que são produzidos pelo próprio corpo: o estrogênio e a progesterona. Age impedindo a ovulação e dificultando a passagem dos espermatozóides para o interior do útero. Devem ser tomadas diariamente, de preferência no mesmo horário.
Anticoncepcional injetável mensal
Com aplicação mensal, normalmente nas nádegas, o anticoncepcional injetável é semelhante à pílula. É prático, pois não exige que seja administrado diariamente e possui menos efeito colaterais no estômago do que o comprimido. Por ser uma solução oleosa, é liberada a mesma quantidade de hormônios da pílula diária e a menstruação ocorre normalmente.
Dispositivo intrauterino (DIU)
Trata-se de uma estrutura de metal que tem ação espermicida intrauterina, ou seja, que impede que o espermatozóide chegue ao óvulo. Pode ficar até cinco anos dentro do corpo da mulher. É necessário que um médico insira o dispositivo no útero.
Sua eficácia contra a gravidez é de 99,6% e, os efeitos colaterais podem ser o aumento do sangramento menstrual, da duração da menstruação e da incidências de cólicas. Não é recomendado para mulheres com anemia severa justamente porque aumenta o fluxo menstrual, e, assim, poderia agravar a doença.
Diafragma
Com uma estrutura em látex, o diafragma é um método de barreira móvel, ou seja, que pode ser colocado e retirado da vagina. Para ser eficiente, deve ser colocado duas horas antes da relação sexual e retirado entre quatro e seis horas após o sexo. É combinado com gel espermicida. Após o uso, deve ser lavado com água e sabão. Sua durabilidade é de cerca de dois anos.
Anéis medidores
O anel vaginal é um método hormonal que traz uma formulação semelhante à da pílula anticoncepcional (etonogestrel e etinilestradiol), mas dispensa o uso do gel espermicida. Deve ser introduzido pela vagina e acomodado no colo do útero no quinto dia de menstruação, permanecendo ali por três semanas. Não traz desconforto e normalmente não é sentido durante as relações sexuais.
Preservativos feminino e masculino
São os métodos mais seguros, já que além de evitar a gravidez, também protegem contra as doenças sexualmente transmissíveis, como a Aids.
De fácil manipulação, a capa fina de borracha da camisinha masculina cobre o pênis durante a relação sexual e impede o contato do sêmen com a vagina, o ânus ou a boca. O esperma fica retido e os espermatozóides não entram no corpo da mulher. Deve ser descartada após o uso. Nunca use mais de uma camisinha e verifique se ela não está furada antes de usar.
Já a camisinha feminina pode ser colocada até oito horas antes da relação sexual  e também é um método de barreira que não deixa com que o espermatozóide entre no corpo feminino.
Feita com um plástico mais fino e mais lubrificado que a camisinha masculina, o anel interno deve ser inserido na vagina, enquanto que o externo deve ficar para fora do corpo, cobrindo a parte externa da vagina. Não é recomendado o uso combinado de camisinha feminina e masculina simultaneamente.
A camisinha feminina pode ser retirada imediatamente após a saída do pênis, de preferência antes da mulher se levantar para evitar que o esperma escorra. É necessário segurar as bordas do anel externo, dar uma leve torcida na camisinha e puxá-la delicadamente para fora.
Pílula anticoncepcional de emergência (pílula do dia seguinte)
Esse medicamento só deve ser usado em caso de emergência, como, por exemplo, quando a camisinha estourou ou não houve uso de preservativo na relação sexual. Jamais deve ser adotado como método usual de proteção.
De acordo com Rodolfo Strufaldi, membro da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (Sogesp) e professor assistente de ginecologia da Faculdade de Medicina do ABC, o uso frequente da pílula de emergência pode causar alterações no ciclo menstrual. É preciso de receita médica para retirar esse medicamento.
As duas pílulas que compõem uma dose devem ser ingeridas com intervalo de 12 horas. Elas concentram alta dose hormonal (o equivalente a oito pílulas anticoncepcionais de uso prolongado), que vai retardar a ovulação e, assim, dificultar a gestação. A ocorrência de sangramento, ou a ausência do mesmo, está ligada ao período do ciclo menstrual da mulher.
Minipílula e injeção trimestral
Para mulheres em amamentação, o Ministério da Saúde oferece dois métodos contraceptivos, que podem ser introduzidos seis semanas após o parto: a minipílula, administrada via oral, e a injeção trimestral.
A combinação entre a prolactina (hormônio que estimula a produção do leite materno), com a progesterona (hormônio que prepara organismo para a fecundação) cria a barreira que impede uma nova gravidez durante a amamentação.
Para as mulheres que tiveram filhos, mas que por algum motivo não podem amamentar, a recomendação é que cerca de 40 dias após o parto seja introduzida a pílula anticoncepcional comum.
Métodos definitivos
Segundo a Lei do Planejamento Familiar, pessoas com mais de 25 anos e pelo menos dois filhos vivos, ou naqueles casos em que há risco de vida para a mulher ou para o futuro bebê, podem usar os métodos contraceptivos definitivos, como a ligadura das trompas de falópio para as mulheres, ou a vasectomia nos homens.

Os dois procedimentos impedem que os espermatozóides atinjam o óvulo. É necessário aguardar 60 dias entre a manifestação da vontade de fazer a cirurgia e sua execução. Por serem métodos de difícil reversão são chamados de definitivos.

Fonte: Ministério Saúde

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